Brasil Carinhoso retirará 181 mil famÃlias baianas da extrema pobreza
Nos 417 municípios baianos, mais de 480 mil pessoas assistidas pelo programa Brasil Carinhoso terão renda mensal de R$ 70 por pessoa. O valor será acrescido, a partir do mês de março, a cada membro da família com filho de até 15 anos, fazendo com que 181 mil famílias saiam da condição de extrema pobreza. A ação do governo federal é o tema desta semana do programa Encontro com Gabrielli, que está disponível para download no site www.facebook.com/encontrocomgabrielli.
No comentário, o economista e secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, destaca a excelente notícia de que 181 mil famílias beneficiadas pelo Bolsa Família terão sua renda complementada, por meio da ação Brasil Carinhoso, saindo, assim, da situação de extrema pobreza. A medida também possibilita aos municípios ampliar os investimentos em educação e saúde.
“Por isso, é importante a adesão dos governos municipais ao Brasil Carinhoso para que possam ter mais recursos nessas duas áreas”, alerta Gabrielli. Para tanto, explica, além de se cadastrar junto ao governo federal, as prefeituras devem identificar, entre os matriculados na rede de ensino, quais são as crianças de zero a três anos beneficiárias do Bolsa Família.
O programa Brasil Carinhoso garante às prefeituras o repasse adicional anual de até R$ 1.362 por aluno que freqüente creches e pré-escolas públicas ou conveniadas. “Os recursos podem ser usados na compra de insumos destinados ao cuidado integral das crianças, além dos gastos previstos pelo Fundeb”, observa o secretário do Planejamento.
Ele ressalta que a medida terá impacto ainda mais positivo em 10 municípios baianos que, de acordo com Censo de 2010, tem mais de 40% da população em condição de extrema pobreza. As cidades são: Sítio do Mato, Buritirama, Ibiquera, Barra, Campo Alegre de Lourdes, Pilão Arcado, Aporá, Macajuba, Caldeirão Grande e Nova Itarana.
“Uma análise importante é que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que se o desenho atual do programa tivesse sido implementado em 2011, a taxa de pobreza extrema entre a população de zeo a 15 anos, em todo o Brasil, poderia ter caído para apenas 0,6%. Hoje, a taxa está em 5,9%”, compara Gabrielli.
Ele enfatiza que tanto na Bahia quanto no restante do país, há um esforço de mobilização de equipes para buscar famílias que se encontram em situação de extrema pobreza e que ainda não são beneficiadas pelo programa Bolsa Família. Com esse intuito são realizados mutirões, campanhas, palestras, atividades socioeducativas, visitas domiciliares e cruzamento de bases cadastrais.
“Aqui no Estado, essa busca ativa já localizou e cadastrou mais de 81 mil famílias nos programas sociais e, infelizmente, ainda somos o primeiro estado do país proporcionalmente à população em número de pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família”, diz Gabrielli.
Ao todo, 1,8 milhão de famílias recebem o benefício, injetando diretamente nas mãos das famílias R$ 4 bilhões por ano, movimentando, assim, o comércio, os serviços e a construção civil nos municípios.